O 39º Congresso Mundial da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) elegeu, por unanimidade, Fábio Azevedo como o novo presidente da entidade. Com apoio significativo dos delegados internacionais, o brasileiro comandará a federação pelos próximos oito anos, no lugar do compatriota Ary Graça.
Durante o evento, Fábio Azevedo apontou que os objetivos para o período entre 2025 e 2032 incluem o aumento do número de praticantes e fãs de vôlei ao redor do mundo. A intenção é duplicar a atual base de 800 milhões de interessados, missão que será impulsionada por iniciativas de maior engajamento e pelo fortalecimento do Movimento Global de Vôlei.
“Nos últimos 12 anos, o vôlei experimentou um crescimento notável, além de seu desenvolvimento e modernização ao redor do mundo. Agora, temos a oportunidade de construir sobre fundações muito fortes”, disse o novo presidente da FIVB.
“Estou pronto para guiar o esporte para a próxima fase, por meio da ‘Visão Estratégica 2025-2032’, orientada pelo lema ‘Juntos como Um’ e pelos pilares-chaves de profissionalismo, integração, empoderamento e participação massiva”, completou.
Fábio Azevedo anunciou que Hugh McCutcheon, que atuou como conselheiro sênior da FIVB, assumirá o cargo de secretário-geral da federação. Natural da Nova Zelândia, McCutcheon foi jogador e, como técnico, conquistou duas medalhas olímpicas, um ouro com a seleção masculina dos EUA (Pequim 2008) e uma prata com a equipe feminina do país (Londres 2012).
Última gestão
A eleição de Fábio Azevedo também marcou o final do mandato de Ary Graça, que ocupava a presidência da entidade máxima do vôlei desde 2012.
“O vôlei em breve entrará em um novo capítulo. Um futuro brilhante está pronto para ser escrito, um sonho pronto para ser realizado. Escolham ver as oportunidades e não os obstáculos. Escolham acreditar. E escolham olhar para frente com esperança, ambição e coragem”, disse Ary Graça.
Durante seu mandato, o suporte da FIVB ao desenvolvimento do vôlei aumentou em 442%, com o objetivo de capacitar as federações nacionais. O movimento resultou na criação dos programas “FIVB Volleyball Empowerment” e “Development”, que desde 2017 investiram mais de US$ 38 milhões em 1.169 projetos de 201 países.
A gestão de Ary Graça também incluiu a criação da “Volleyball World”, plataforma utilizada para impulsionar o crescimento comercial e a visibilidade do esporte. Entre 2023 e 2024, os contratos de patrocínio da organização cresceram 58%.