A queda de braço entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Galera.bet teve uma reviravolta nesta semana. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu, em votação colegiada, derrubar a liminar solicitada pela empresa e que proibia a entidade de exibir marcas de casas de aposta concorrentes nas partidas da Série A do Campeonato Brasileiro. As informações foram divulgadas pelo Blog Panorama Esportivo, do jornal O Globo.
A briga entre CBF e Galera.bet teve início em maio deste ano, quando a empresa de apostas, que é patrocinadora máster da Série A do Brasileirão, resolveu acionar a Justiça, alegando quebra do contrato de exclusividade por parte da entidade máxima do futebol no país.
O Galera.bet entende ser a única empresa do segmento a poder ter publicidade veiculada em propriedades da competição. Ocorre, porém, que a CBF vendeu esses espaços para outras marcas do setor.
O problema teve início na 3ª rodada do Brasileirão, disputada entre 29 de abril e 1º de maio, quando Betnacional e Betano apareceram no túnel inflável de acesso ao campo e também nos backdrops de entrevistas. Posteriormente, a 1xBet também passou a ocupar esses espaços.
A liminar obtida pelo Galera.bet foi proferida pelo juiz João Marcos Fantinato, da 30ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Ela previa multa de R$ 200 mil a R$ 500 mil, por partida da Série A do Brasileirão, caso marcas de concorrentes da empresa fossem exibidas dentro de campo durante os jogos da competição.
Mas no entendimento do desembargador Wilson do Nascimento Reis, da 14ª Câmara Cível do TJ-RJ, que relatou o caso, o contrato do Galera.bet com a CBF não possui previsão de exclusividade.
Em seu voto, que foi acompanhado pela maioria dos membros do colegiado, o contrato com a CBF garantiria ao Galera.bet apenas exclusividade em relação ao patrocínio, mas não no que diz respeito à publicidade.
Vale lembrar que o contrato para o patrocínio máster da Série A do Brasileirão do Galera.bet com a CBF foi assinado em 2021 e será válido até o fim de 2024.