Em uma ação para o Dia da Consciência Negra, o Fortaleza levou uma cabine de “VAR” para o metrô da capital cearense. Ao invés de jogadas em partidas de futebol, porém, o espaço exibiu relatos pessoais de casos de racismo sofridos por torcedores do clube.
No futebol, o VAR (sigla para “Árbitro Assistente de Vídeo”, em tradução livre) é utilizado pelos árbitros para analisar imagens de vídeo que os auxiliem a tomar decisões melhores em lances decisivos que precisam ser revistos.
Na ação do clube, o VAR significou “Vidas Além do Racismo”. Ao colocar o fone de ouvido e acompanhar as imagens, os usuários do metrô de Fortaleza (CE) tiveram acesso a três histórias de torcedores do Leão do Pici, todos vítimas de racismo.
“O racismo perpetua desigualdades e injustiças, prejudicando não só um indivíduo, como até comunidades marginalizadas, podendo atingir também a saúde mental de quem é oprimido”, disse Marcelo Paz, CEO do Fortaleza.
“O Fortaleza sempre levantou a bandeira da igualdade em suas ações, por isso é essencial promover essas discussões e defender a construção de uma sociedade mais inclusiva a partir do nosso posicionamento”, complementou.
O vídeo da ação, com comentários de usuários do metrô que foram impactados pelas imagens, foi disponibilizado nas redes sociais do clube. No Instagram, a publicação se aproxima de 450 mil visualizações.
“Infelizmente, ainda escutamos histórias de racismo no nosso dia a dia, algumas delas que vão da discriminação e que podem até culminar em violência. Acredito que o clube tem um papel fundamental em lutar, independente da cor da pele, por igualdade e dignidade de todos”, comentou Marcel Pinheiro, diretor de comunicação e marketing do Fortaleza.