O Everton teve a aquisição pelo Friedkin Group confirmada, com os Toffees sendo comprados pela Roundhouse Capital Holdings Limited, um dos braços do grupo.
O clube informou que o acordo recebeu as aprovações regulatórias necessárias da Premier League, da Liga Profissional Feminina (WSL), da federação inglesa, a Football Association (FA), e da Autoridade de Conduta Financeira, órgão regulador do Reino Unido.
“Com esta aquisição, o TFG [sigla para The Friedkin Group] está comprometido em proporcionar um futuro forte e sustentável para o Everton, restaurando sua posição competitiva e mantendo sua profunda conexão com os torcedores e a comunidade”, afirmou o comunicado do clube.
A Premier League confirmou que o Friedkin Group adquiriu participação de 98,8% no Everton, em uma transação avaliada em mais de £ 400 milhões (US$ 505 milhões), segundo a BBC.
Farhad Moshiri
A venda marca o fim da gestão turbulenta de Farhad Moshiri, durante a qual o clube foi sancionado duas vezes pelas regras de lucratividade e sustentabilidade (PSR) da Premier League, resultando na perda de oito pontos na temporada passada.
Apesar da punição, o Everton ficou 14 pontos distante da zona de rebaixamento do campeonato. A perda de pontos, porém, também impediu o clube de ficar mais próximo da luta por uma vaga nas competições europeias.
Nova diretoria
Dan Friedkin foi nomeado para presidir o conselho do Everton, e Marc Watts será o novo CEO. O Friedkin Group prometeu “investimento estratégico e cuidadoso” para fortalecer o time principal e maximizar o valor comercial do novo estádio, em Bramley-Moore Dock, na região do cais do Rio Mersey, em Liverpool.
“No curto prazo, entendemos que o Everton tem enfrentado desafios significativos dentro e fora de campo por vários anos. É por isso que nossa prioridade imediata é estabilizar o clube e melhorar os resultados em campo”, disse Watts.
Finanças
A dívida com a Blue Heaven Holdings, empresa de Moshiri, foi convertida em patrimônio pelo Friedkin Group. Essa transação foi realizada antes de uma mudança nas regras da Premier League que exigirá que os empréstimos dos acionistas sejam avaliados para determinar se representam valor justo de mercado.
“Fornecemos uma injeção financeira para garantir a conclusão do novo estádio. A transação viu a maior parte da dívida do Everton ser convertida em capital, paga ou refinanciada em termos mais favoráveis à estabilidade do clube”, explicou o novo CEO.
A participação da Roundhouse no Everton aumentou para 99,5% após um investimento de capital adicional.
“Embora haja muito trabalho a ser feito, e a PSR continue sendo um fator limitante no curto prazo, a posição financeira deste momento é muito mais sustentável”, ressaltou o executivo.
Dan Friedkin, que também é dono e CEO da Roma, da Itália, afirmou estar orgulhoso por ter se tornado proprietário de outra equipe tradicional da Europa.
“O Everton representa um legado que nos orgulha, e estamos honrados em nos tornarmos guardiões desta grande instituição”, destacou o magnata.