A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda divulgou, no fim desta terça-feira (1º), a lista de sites de apostas autorizados a operar no Brasil até o final do ano, em um período chamado de transição pelos técnicos da pasta.
Ao todo, 95 empresas poderão operar 198 casas de apostas no país durante o período de transição, que irá até 1º de janeiro de 2025. A lista, no entanto, tem algumas ausências que podem complicar a vida de alguns times da Série A do Brasileirão.
A maior delas é o Esportes da Sorte, atual patrocinador máster de Corinthians, Athletico-PR e Bahia, além de parceiro do Grêmio (com visibilidade na região do esterno da camisa) e patrocinador máster do time feminino do Palmeiras. A empresa ainda é parceira principal do Ceará, que atualmente disputa a Série B.
Vale lembrar que, no início do mês passado, o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, entregou-se à Polícia Civil de Pernambuco. A Justiça havia emitido um mandado de prisão contra ele e sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola, ambos investigados na Operação Integration, da Polícia Federal (PF), que apura supostos esquemas de jogos ilegais e lavagem de dinheiro envolvendo empresas de apostas esportivas.
A mesma operação também chegou a prender a influenciadora Deolane Bezerra e expediu um mandado de prisão para o cantor Gusttavo Lima. Darwin foi solto após quase 20 dias de detenção, no dia 24 de setembro.
Outras ausências
A lista de ausências entre as casas de apostas autorizadas pelo Ministério da Fazenda ainda conta com a Stake, atual patrocinadora máster do Juventude, outro clube que disputa a Série A do Brasileirão.
Entre as casas de apostas que patrocinam times da Série B, também há ausências. Além do Esportes da Sorte (Ceará), também não foram autorizadas Reals (Amazonas e Coritiba), Dafabet (Guarani) e Betvip (Sport).
De acordo com o UOL, Esportes da Sorte e Reals já foram atrás do Ministério da Fazenda pedindo retificação ao alegarem que cumpriram todas as exigências.
Quem não estiver na relação terá suas URLs retiradas do ar a partir da sexta-feira da semana que vem (11 de outubro), em um comunicado feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) às operadoras de internet do país. O sistema é semelhante ao que baniu o X do Brasil após desobedecer uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com isso, o consumidor tem, agora, um prazo menor do que 10 dias para resgatar seu saldo nas plataformas de apostas que passarão à ilegalidade no Brasil.
A lista
De acordo com a SPA, uma das complicações para que a lista fosse divulgada foi que, no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), estavam apresentadas as razões sociais e não as marcas e domínios a serem usados pelas empresas que se habilitaram por lá até as 23h59 de segunda-feira (30 de setembro).
A secretaria, então, precisou ligar cada razão social às marcas e domínios antes de finalizar a lista.
Clique aqui para ver a lista completa das casas de apostas autorizadas a operar no Brasil até o final do ano.
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